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segunda-feira, 11 de junho de 2012

Fim de semana marcado por assaltos e roubos na capital maranhense

Em mais de 48 horas, Instituto Médico Legal registra uma só ocorrência de morte violenta provocada acidente de trânsito. Assaltos e roubos deram marca

Antônio Dreones Pereira, o %u201CDe Menor%u201D, é acusado de assaltar um salão de beleza na Vila Brasil e celulares (GILSON TEIXEIRA/OIMP/D.A PRESS)
Antônio Dreones Pereira, o %u201CDe Menor%u201D, é acusado de assaltar um salão de beleza na Vila Brasil e celulares
O segundo fim de semana do mês de junho foi marcado por uma tranquilidade incomum na Região Metropolitana de São Luís, no que diz respeito à ocorrência de homicídios. Desde a manhã da última sexta-feira (8), a polícia técnica do Instituto Médico Legal (IML) permaneceu até o fim da tarde de domingo sem registrar a entrada de vítimas de assassinato na sala de necropsia do local. Nesse intervalo de mais de 48 horas, a única ocorrência de morte violenta, registrada na manhã de sábado, teve como causa um acidente de trânsito, envolvendo Luís Fernando Pinto de Souza, 35 anos. Ele residia no Povoado de Cabeceira de Manoelzinho, em Barreirinhas. Apesar de não constarem detalhes sobre as circunstâncias e o local do acidente, a anotação no livro de registro da entrada de corpos para necropsia no IML informa que Luís de Souza se encontrava no Hospital Geral.

A mesma tranquilidade, entretanto, não foi observada em relação às ocorrências de assaltos e furtos. Na tarde de domingo, O Imparcial percorreu três dos quatro plantões de polícia da capital, e encontrou os registros desses tipos de crime. No Plantão Central da Cidade Operária (PCCO), algumas vítimas aguardavam o momento de prestarem depoimento ao delegado, e relataram as experiências à reportagem.

Com receio de sofrer alguma represália, a proprietária de um salão de beleza na Vila Brasil pediu que não fossem identificados os nomes dela nem do estabelecimento. De acordo com a empresária, passava do meio dia, quando um homem armado com uma faca invadiu o salão anunciando o assalto. Naquele horário, o atendimento normalmente já foi encerrado aos domingos, mas duas clientes ainda estavam cuidando do cabelo no momento da investida.

Identificado pela polícia como Antônio Dreones Alves Pereira, 25 anos, conhecido também como “De Menor”, o assaltante fugiu em uma bicicleta com três aparelhos de celular e cerca de R$ 200 das mulheres. A proprietária contou ter ficado tão nervosa, que no momento do incidente não soube indicar ao homem armado onde tinha deixado o celular, deixando-o enfurecido. “A gente não faz nem questão de dinheiro ou dos objetos. O medo é de tirarem a nossa vida”, disse ela, recordando que já foi assaltada dentro do próprio estabelecimento há mais de cinco anos, quando teve um revólver apontado para a cabeça.

Acionados pelas vítimas, policiais militares percorreram o bairro em busca do homem. O soldado PM Domingos, do 6º BPM, informou que De Menor foi encontrando próximo de um ponto de venda de entorpecentes, e prontamente informou que tinha deixado os aparelhos escondidos em casa. O dinheiro não foi recuperado. No entanto, a empresária informou à reportagem que o pai de Antônio Pereira prontificou-se a restituir do próprio bolso o dinheiro roubado pelo filho. O delegado Rosânio Alves Costa disse que, depois de colher o depoimento do suspeito, encaminharia o homem ao Centro de Triagem do Complexo Penitenciário de Pedrinhas.

Fabio de Jesus Vale passou sufoco que dois jovens entraram em seu táxi na avenida dos Holandeses  (GILSON TEIXEIRA/OIMP/D.A PRESS)
Fabio de Jesus Vale passou sufoco que dois jovens entraram em seu táxi na avenida dos Holandeses
Taxista

Ainda no PCCO, o taxista Fabio de Jesus Vale relatou o sufoco por que passou depois de ter apanhado dois jovens na Avenida dos Holandeses, proximidades da Praia do Meio, acreditando que se tratava de dois passageiros bem intencionados. Ele disse que, no início da tarde, os dois acenaram para o táxi e combinaram o valor de uma corrida para a Cidade Operária. Apesar de não ter desconfiado dos dois passageiros que conversavam animadamente, mas por já ter escutado episódios de colegas que foram assaltados enquanto trabalhavam ao volante, o taxista comentou que era policial.

Fabio Vale achou que o comentário inibiria uma eventual tentativa de assalto, mas foi surpreendido quando, próximo da Praça do Viva do bairro de destino, o jovem do banco de trás segurou o condutor do táxi pelo pescoço e lhe apontou uma arma de fogo contra a cabeça, exigindo a arma do suposto “policial”. Imobilizado e tenso, o motorista tentou explicar que tinha deixado o revólver “na delegacia”, e acabou tendo o celular, a chave do veículo e aproximadamente R$ 80 levados pela dupla, que fugiu em seguida.

Vendo-se livre, Fabio Vale começou a gritar na rua, chamando a atenção de diversos moradores do bairro. Um dos jovens, identificado como Jodielson Pereira Costa, de 19 anos, tentou escapar pulando os muros de diversas casas, mas acabou encurralado. Como última tentativa de fuga, ele arrombou uma residência fechada e se escondeu no interior do imóvel, mas logo foi encontrado pela vítima. Fabio Vale disse que manteve o fugitivo fora do alcance da população que tinha cercado a casa, para evitar um linchamento público até a chegada da polícia. Alguns amigos do jovem se aproximaram, estranhando que ele tivesse participado daquela abordagem, e aconselharam Jodielson Costa a revelar o nome do amigo que tinha escapado. O taxista disse que conseguiram identificar o outro apenas pelo nome de Ruan. Com a chegada da guarnição da Polícia Militar, vítima e autor do delito foram levados ao PCCO, para a lavratura do flagrante.

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