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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Prefeitura de São Luís intensifica obras de drenagem no Novo Angelim

A Prefeitura de São Luís, por meio da Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (Semosp), está intensificando as intervenções de drenagem profunda em dois pontos do bairro do Novo Agelim: na Travessa Paulista e na Rua E. Há mais de duas décadas que os moradores do local reivindicam serviços de infraestrutura e saneamento básico para acabar com os alagamentos no período chuvoso.
Segundo o coordenador de Drenagem da Semosp, Carlos Alberto Lindoso, os serviços já estão bem adiantados e concentram-se na finalização da colocação de tubulações simples e duplas para a captação do volume dá água da chuva que desce de ladeiras e chegava até a destruir casas do bairro.
Equipes se revezam nos serviços de drenagem que estão sendo realizados no bairro do Novo Angelim
“Com estes serviços de drenagem, a Prefeitura vai acabar com os problemas de alagamento e erosão que eram comuns no bairro e a aflição dos moradores; após a conclusão deste saneamento básico, estas ruas serão pavimentadas, melhorando, consideravelmente, a qualidade de vida de todos”, disse Lindoso.
Na Travessa Paulista, foram colocados 152 metros de tubulação simples de 600 diâmetros, por onde a água escoará. O serviço de drenagem profunda evitará alagamento no local.
A comerciante Antônia Luz, 52 anos, acompanha a obra diariamente uma vez que o seu comércio fica na própria residência e há anos ela sofre com alagamento dentro da casa. “Moro aqui há 25 anos e agora vejo um sonho se concretizando na porta da minha casa, graças a Deus e ao prefeito João Castelo, que está mandando fazer este serviço”, disse.
Já na Rua E, que fica há dois quarteirões da Travessa Paulista, as equipes trabalham no berço do bueiro, que é a base de sustentação da linha de drenagem. São quase 300 metros de drenagem profunda com a colocação de tubulações duplas de 1200, 1000 e 600 de diâmetros.
Com este serviço, a água da chuva será captada e despejada no córrego, onde a Prefeitura ainda construirá uma ponte no local após a conclusão do saneamento. Os serviços de drenagem devem ser concluídos até o final deste mês. A obra na Rua E facilitará o acesso do bairro a outras localidades das proximidades, como Cruzeiro do Anil, Angelim e Piquizeiro.
Fiscalização e agradecimento
O presidente da Associação dos Moradores do Novo Angelim (Asconagel), Augusto Fernandes, acompanha, sistematicamente, os serviços da Prefeitura no bairro. Segundo ele, é uma satisfação porque os moradores solicitam as intervenções ao poder público municipal há 26 anos, ou seja, desde a criação do bairro Novo Angelim.
“Estamos muito felizes com estas obras. Apenas o prefeito João Castelo olhou por nós; não só com os serviços de drenagem, mas também de iluminação pública, que têm melhorado substancialmente a vida de todos nós, moradores daqui”, afirmou Augusto Fernandes.
Com a esperança de não ver mais alagamentos e risco de erosão no bairro, a dona-de-casa Adelzuíta Reis Andrade, 60 anos, não passará mais o sofrimento que viveu durante os 22 anos com alagamento em sua casa. “Vi minha casa cair por duas vezes e não aguentava mais este sofrimento; agora vejo a Prefeitura aqui no bairro fazendo essas obras que tanto pedi a Deus, isto é uma benção”, exclamou.

Assaltantes tentam explodir caixa eletrônico em frente ao Bom Preço da Cohab

Cerca de quatro homens tentaram explodir, na madrugada de ontem (15), o caixa eletrônico do Banco do Brasil, situado na parte externa do Supermercado Bom Preço, no Bairro da Cohab. No entanto, a montagem do explosivo não deu certo e os assaltantes fugiram em uma moto e um veículo Celta, de cor vinho.
De acordo com o capitão da Companhia de Missões Especiais (COE), Eduardo Dourado, a tentativa de arrombamento com uso de explosivo ocorreu por volta das 2h, quando os assaltantes chegaram em uma moto e em um Celta, tendo rendido pessoas próximas ao local, depois quebrado a porta de vidro da cabine que dá acesso ao caixa. Eles teriam montado o explosivo em frente à parte onde sai o dinheiro, tentaram explodir, fato que não deu certo e fugiram. Policiais militares do 8º Batalhão, responsável pelo patrulhamento na região, ao passarem na localidade notaram movimentação estranha e foram averiguar o fato. “Eles verificaram que a porta de vidro estava quebrada e avistaram a presença de um explosivo, depois acionaram o COE”, contou Eduardo Dourado.
Uma guarnição da COE foi ao local e retirou o explosivo industrial, com alto poder de destruição, usado para detonações em pedreiras. A ocorrência foi encaminhada somente no final da tarde de ontem para a Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic).
O delegado André Gonsain, do Departamento de Operações Especiais da Seic, que vai investigar o caso, tomou conhecimento do fato na manhã de ontem, pela gerência do Banco do Brasil. Até o fechamento desta edição, nenhum dos bandidos havia sido identificado.

Delegada do Consumidor pede a prisão de donos da Eletromil

A delegada Uthânia Moreira Lima, titular da Delegacia do Consumidor (Decon), concluiu o inquérito instaurado para investigar as denúncias de clientes da Loja Eletromil, localizada na Avenida Guajajaras, no Bairro do São Cristóvão. A documentação reunida pela polícia foi encaminhada, na tarde de ontem, à Justiça e a delegada representou pelas prisões preventivas do empresário Eduardo Fernandes Facundes, sua esposa Maria Sailene Gomes Facundes e dos filhos Eduardo Fernandes Facundes Júnior e Bruna Suellem Gomes Facundes, todos sócios na empresa e que estão foragidos.
Foto: G. Ferreira
Delegada Uthânia Moreira encaminhou, ontem, inquérito sobre o caso à Justiça
Segundo Uthânia Moreira, o empresário e seus familiares foram notificados por meio de sua advogada a se fazerem presentes à Decon, na segunda-feira (13), porém eles não compareceram e a delegada passou a considerá-los como foragidos. Uthânia Moreira relatou que o empresário Eduardo Fernandes Facundes, proprietário das lojas Eletromil, com sede em Bacabal, teve a prisão decretada também pela Justiça do Estado do Pará. “Eles foram indiciados pelos crimes contra economia popular e relações de consumo, além de estelionato. O fato de terem feito um acordo com o Procon e reaberto as lojas, fechadas sob denúncias de golpe, não desconfigura o crime. Somente o juiz que assumir o processo, na Justiça, poderá decidir se o eventual cumprimento do acordo, no qual a empresa se dispôs a solucionar o problema dos clientes lesados, pode ser considerado um atenuante da pena”, disse.
De acordo com a delegada, a empresa estava sendo denunciada por não ter cumprido os contratos na modalidade compra premiada, deixando de entregar mercadorias aos consumidores com parcelas quitadas, ou que foram contemplados nos sorteios da rede. Ela disse que, após a operação deflagrada no último dia 26, em parceria com a Superintendência de Polícia Civil da Capital (SPCC) e a Gerência de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon/MA), mais de 800 pessoas registraram ocorrência na Decon. “Infelizmente, a promotora Lítia Cavalcanti quis tumultuar as investigações, afirmando que sabíamos do problema e não tomamos providências. Porém, quero ressaltar que recebemos um pedido da própria Lítia, no dia 21 de setembro de 2011, referente à solicitação de abertura do inquérito policial para o cliente Agenor Pereira, que teria quitado o plano de uma moto Honda Titan e ainda não teria recebido”, explicou.
Uthânia Moreira contou que, apesar da greve da Polícia Civil, recebeu o documento e tomou providências contra a Eletromil, do São Francisco, de propriedade do empresário Antônio Pereira Aragão Júnior; e obteve como resposta um documento datado em 17 de outubro, informando a entrega do bem. Ela afirmou ainda que, por má-fé ou encaminhamento de causa, a promotora teria encaminhado o documento e depois tornado a história pública, no intuito de mostrar à sociedade que houve inércia da delegacia. “A demora na entrega do produto não configurou crime, e sim dano, mas o consumidor foi orientado a procurar a promotoria. Eu tinha apenas duas denúncias contra Facundes, e isso não caberia prisão, uma vez que ele tem endereço fixo. Foi então que busquei o Procon e desencadeamos a operação para que houvesse a interdição desses estabelecimentos, assim como a mensuração dos danos às vítimas que continuavam em suas casas pagando os planos”, declarou.

Moradores do São Raimundo sofrem sem infraestrutura

Os moradores do São Raimundo afirmam que já estão cansados de conviver com lixo, esgoto a céu aberto e falta de água. Para piorar, numa das vias do bairro – a Rua 21 –, uma enorme cratera, que acumula muito lixo, já ameaça engolir várias casas.
Maria Raimunda Miranda de Souza, 57 anos, moradora de uma dessas casas ameaçadas, contou que mora na Rua 21 há 14 anos, e há oito vem sendo obrigada a conviver com o problema. Ela já foi notificada pela Defesa Civil e pode ter de deixar o local.
Foto: Alessandro Silva
A casa de Maria Raimunda está a ponto de deslizar para um buraco
A moradora explicou que a enorme cratera começou a se formar quando máquinas de uma empresa particular começaram a retirar areia do local. “Um cano da Caema partiu ao meio e uma enorme cachoeira se formou. A empresa nunca resolveu o problema. Já a prefeitura asfaltou a rua e disse que daria um jeito no buraco, mas nada fez. A Defesa Civil veio aqui há um mês e interditou minha casa, afirmando que eu ia ser procurada pela assistência social do município, mas até agora ninguém apareceu”, disse Maria Raimunda.
A comerciante Patrícia de Carvalho, 24 anos, moradora do local há 12 anos, disse que o bairro sofre com os sérios problemas de infraestrutura, e relatou que apesar de as ruas estarem sendo asfaltadas, a população ainda carece de água e saneamento básico.
Patrícia frisou que a coleta de lixo também estava irregular, porém há algumas semanas o serviço foi normalizado e o caminhão da prefeitura já passa fazendo a coleta. “Na Quadra 66, o caminhão passa dia sim, dia não. Mas a água e o esgoto são problemas crônicos. Me juntei a alguns vizinhos e gastamos cerca de R$ 400 para fazer uma vala, a fim de escoar o esgoto, que corria a céu aberto. Quanto à falta d’água, não tem jeito. Por isso, quem pode manda cavar um poço ou compra água. Teve um período que ficamos dois meses sem água, mas a Caema veio e resolveu momentaneamente o problema. Passaram uns poucos dias e, segundo a Caema, a bomba quebrou. Ficamos mais de dois meses sem água novamente, e só recentemente a bomba foi consertada, mas a água vem fraca e em dias alternados”, relatou Patrícia.
A moradora afirmou ainda que um dos poucos benefícios que o bairro tem recebido, como a pavimentação das ruas, vez ou outra é prejudicado pelos serviços da Caema. Ela contou que no último dia 10, uma imensa cratera foi aberta no asfalto da rua 21, pela empresa CBM, que presta serviços à Companhia de Saneamento, para fazer uma encanação beneficiando um lava-jato de propriedade particular.
“A Caema nunca deu autorização para fazer a ligação do lava-jato, mas foi só a prefeitura resolver asfaltar e a liberação foi dada. Isso revoltou os moradores, que chamaram a Blitz Urbana. O material utilizado na intervenção, bem como um veículo da terceirizada do governo do Estado, foram apreendidos, e graças a Deus o buracão já foi fechado”, revelou Patrícia.
As avenidas Principal e Tibiri, do São Raimundo, também estão tomadas por lixo e esgoto. Revoltada uma comerciante que não quis se identificar disse à reportagem do Jornal Pequeno que já cansou de dar entrevistas e de ver a imprensa no local, retratando os problemas do bairro.
“Isso aqui não vai mudar nunca. A Caema jamais nos foi útil e nem vai ser agora. O esgoto corre a céu aberto na porta do meu restaurante. O mau cheiro e a presença de mosquitos incomodam os clientes, que acabam se afastando do lugar”, afirmou a comerciante.
Outro lado – A Caema foi questionada pelo JP, por e-mail, sobre os problemas que afligem os moradores do São Raimundo, mas não deu resposta.